segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Comportamento



Homem,
o verdadeiro sexo frágil


Nós, homens, temos de nos destacar pela inteligência, pela força e pelo sucesso para demarcar território e chamar a atenção das mulheres. Com o passar do tempo, porém, essa imagem de macho invencível vem caindo por terra. E uma série de evidências mostra que, na verdade, nós, homens, somos o verdadeiro sexo Frágil.


No reino animal, macho e fêmea de qualquer espécie têm, em média, a mesma expectativa de vida. Já na raça humana a mulher vive vários anos a mais que o homem. Na média mundial, a expectativa de vida feminina é de 79 anos, sete a mais que a masculina. Você já se perguntou por que isso ocorre?

Graças aos hormônios femininos, o estrógeno e a progesterona, as mulheres são muito mais protegidas do que os homens com relação a doenças do coração e dos vasos sanguíneos, como infarto e derrame, que representam hoje a maior e a principal causa de mortalidade entre adultos.

Enquanto isso, o hormônio masculino, a testosterona, aumenta o comportamento agressivo e competitivo e em homens muito jovens isto tem  reflexo direto nas estatísticas de acidentes de trânsito. Por causa disso, entre 15 e 24 anos, os homens tem de 4 a cinco vez mais chance de morrer do que as mulheres. Além disso a testosterona eleva os níveis de colesterol ruim, aumentando os riscos de doenças.

Além da vantagem hormonal, as mulheres adotam ao longo da vida hábitos muito mais saudáveis do que nós. A chegada da menstruação cria o costume de realizar consultas regulares ao médico, coisa que os homens evitam a todo custo. Elas também bebem e fumam menos. Outra diferença está na alimentação. Uma pesquisa recente realizada com 14.000 americanos revelou que os homens parecem programados para escolher pratos de carnes e gordurosos, enquanto mulheres optam por frutas e legumes.

Nos últimos 20 anos, as taxas de mortalidades entre homens e mulheres, curiosamente começaram a convergir. De acordo com vários pesquisadores, a explicação pra esse fenômeno está relacionada ao fato de elas passaram a copiar péssimos hábitos masculinos. Como efeito colateral de seus avanços na carreira, elas agora convivem com elevadas cargas de estresse e jornadas de trabalho superiores a 10 horas diárias. Como se não bastasse começaram a reproduzir hábitos nocivos, como a má alimentação e o tabagismo.
De 1990 pra cá, as mortes por câncer de pulmão quase triplicaram entre elas no país. 

A grande ironia disso tudo é que as mulheres vivem menos hoje porque estão se equalizando, em termos de comportamento, aos homens, o verdadeiro sexo frágil.



Artigo Escrito Por Sérgio Timerman,
Cardiologista, Integrante da Equipe Instituto do Coração
E Escritor


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